Bem tenho 25 anos, sou filho de pais separados e tenho uma irmã. Desde quando me entendo por gente, que eu não sei bem quando foi, vejo que sou diferente de toda a minha família... Sei lá, sempre os achei muito previsíveis, sempre me senti um anexo da minha família. Minha mãe, funcionária pública, fanática religiosa, corta onda e vários outros atributos rs, é a velha é assim mesmo, vive pra sua igreja, é evangélica fervorosa e chata, causa brigas homéricas, mas não tem como não admitir que ela é SUPER engraçada. Eu tenho uma teoria que toda mulher é normal, até que venham os filhos, minha mãe não foge nenhum pouco à regra. Minha irmã é uma evangélica mais branda, mais sagaz do que eu, age mais do que fala, a crise na família agora é o casamento dela com um cara que a gente não gosta, mas tem gosto pra tudo, não tem quem goste de jaca? Minha mãe vive surtando por conta disso, eu acho tudo uma grande bobagem, acho tudo deve ser FREE. Afinal, se o meu pai conseguiu se casar com minha mãe e ela com ele, nada mais é condenável quando a isso. Meu pai é alcoólatra, mas até isso na minha família é diferente, me lembro de uma vez que eu quando tinha uns 5 anos perguntei "Mãe, vc se separou do meu pai pq ele te batia quando bebia?" e ela me respondeu "Não, meu filho. Ele nunca me bateu, eu que batia nele quando bebia." Juro que nunca ouvi história igual até hoje. Ele é um cara tranquilo, Estatistico formado, funcionário público, mas prefere seguir sua vida de bar em bar, dono de humor nigérrimo (não há como negar que foi a sua herança-mor para mim), mas uma pessoa querida não só pelos donos de botequins, mas pelos amigos e família, é uma cara bacana (eu diria). Mas ele se revela um traumatizado pela vida e não acredita em qualquer terapia ou solução pra sua mudança, na verdade acho que ele gosta de ser assim ou se aceita assim, na verdade eu desisti de entender todos eles, a minha família,os meus amigos, a vida é muito mais leve sem rótulos e compreensões filosóficas... afinal se eu conseguisse me entender estaria estudando agora, como deveria ser, e não aqui escrevendo pra sei lá quem, que lerá não sei quando.
Tenho tios, avós, primos... mas agora quero falar mim mesmo, do que eu sou. Cara, eu sou um eterno adolescente, é as pessoas até acham bonitinho, mas nem sempre isso é legal, muito menos fácil... Pisciano, eu não sei bem ainda o que significa ser isso rs, acredito em tudo relacionado à religião, apesar de ter muita preguiça, de frequentar qualquer coisa, mas gosto muito do Espiritismo, aquele que chama de Kardecismo, eu acho um absurdo os umbandistas e candomblecistas se denominarem espiritas (nada contra eles, pelo contrário), mas é que até onde eu saiba Pombagiras e Orixás não fazem psicografias e muito menos escrevem livros, eu nunca li um livro com o Título "O Evangelho Segundo à Umbanda/ Candomblé", mas enfim... toda vez eu tento prometer que vou seguir um Centro Espírita, acho que dessa vez dará certo, mas vamos ver... Ah, encontrei o prazer de morar sozinho e de não parar em casa também. Desorganizado, falante demais, sonhador ao extremo, cativante, chato, implicante, indeciso, enfim Deus quando me fez estava inspirado hahaha. Tenho um amor que me dá sorte na vida, me atura e diz que tudo vai dar certo, mesmo quando não dá rs! Meus amigos são muito heterogêneos, tanto em humor, formação, informação, localização e crenças, mas no final todos se chocam com algo que digo, afinal um grande defeito é falar tudo o que penso, ainda que seja pra externalizar um preconceito, um conceito, uma graça sem-graça, uma graça muito engraçada, não perco a oportunidade se ser o que sou ainda que seja entre os diferentes. Muito mais do que isso, sou alguém que busca o caminho da felicidade, sou feliz e muito, mas muito busco ser mais feliz todos os dias. Agora eu preciso almoçar, estudar, pois falta um mês pro vestibular. Tudo seria bem mais fácil se existisse transferência de Biologia pra Engenharia Química, mas a vida pode mais gostosa desenvolvendo gastrites de nervosismo pré-vestibulares, né?
Um Bjo pra mim, um bjo pra quem lê!
